Os jornais de hoje mostram a explosão do endividamento público, que cresceu R$ 40 bilhões em apenas um mês (de setembro) principalmente devido aos juros altíssimos, que incidem sobre esta dívida. O Jornal Monitor Mercantil traz matéria de capa sobre o tema, citando o comentário da Auditoria Cidadã:
"Apesar da queda de 0,5 ponto na taxa básica de juros (Selic), para 11,5% ao ano, a taxa de juros brasileira ainda se encontra maior que a vigente no início do governo Dilma e muito maior que a taxa média de juros dos maiores 40 países do mundo, que está negativa em 0,8% ao ano"
Como o governo não dispõe de recursos para pagar esta montanha de juros, ele faz nova dívida, conforme explicado pelo Jornal Nacional:
“A dívida pública brasileira aumentou R$ 40 bilhões em setembro e alcançou R$ 1,808 trilhão. Para refinanciar o que deve, o governo emite títulos, que são vendidos aos investidores. No mês passado, ele precisou vender mais desses papéis.”
Importante ressaltar que, apesar do governo divulgar que a dívida pública federal (externa e interna) estaria em R$ 1,808 trilhão, este dado não considera os títulos do Tesouro em poder do Banco Central (BC). A contabilização destes títulos é importante, pois o BC costuma repassar estes títulos ao mercado (pagando os maiores juros do mundo ao setor financeiro) para financiar a compra de dólares para as reservas internacionais, ou para reduzir a quantidade de moeda em circulação.
Considerando estes títulos, a dívida interna já chegou a R$ 2,4 trilhões em agosto, conforme tabela do BC (Quadro 35).
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