Carta do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra brasileiro (MST), entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no começo de julho, em mãos
I - TERRA:
1- Agilizar a elaboração e implantação de um Plano Nacional de Reforma Agrária, que contemple o assentamento de 1 milhão de famílias de trabalhadores rurais sem terra no período de 2003 a 2006;
2- Garantir o imediato assentamento das 120 mil famílias que estão acampadas em todo território nacional;
3- Fortalecer o INCRA como organismo de reforma agrária, com recursos financeiros e humanos;
4- Preservar o Imposto Territorial Rural (ITR) como um imposto complementar da reforma agrária, vinculado à Receita Federal;
5- Determinar a desapropriação das fazendas que não cumprem a função social, que tenham trabalho escravo, ligadas ao contrabando, com plantações de psicotrópicos, que não cumprem as leis trabalhistas, que promovem agressões ao meio ambiente e as terras públicas griladas. Determinar que os bancos estatais e o INSS coloquem imediatamente à disposição da reforma agrária todas as áreas hipotecadas aos cofres públicos.
2- Garantir o imediato assentamento das 120 mil famílias que estão acampadas em todo território nacional;
3- Fortalecer o INCRA como organismo de reforma agrária, com recursos financeiros e humanos;
4- Preservar o Imposto Territorial Rural (ITR) como um imposto complementar da reforma agrária, vinculado à Receita Federal;
5- Determinar a desapropriação das fazendas que não cumprem a função social, que tenham trabalho escravo, ligadas ao contrabando, com plantações de psicotrópicos, que não cumprem as leis trabalhistas, que promovem agressões ao meio ambiente e as terras públicas griladas. Determinar que os bancos estatais e o INSS coloquem imediatamente à disposição da reforma agrária todas as áreas hipotecadas aos cofres públicos.
II – ASSENTAMENTOS:
1- Criar um programa de crédito especial para reforma agrária, nos moldes do PROCERA, desburocratizado, que estimule a cooperação, a agroindústria, a agroecologia e dê condições para estruturar o desenvolvimento econômico e social das famílias assentadas;
2- Desenvolver um programa de assistência técnica com equipes multidisciplinares e que tenha como referência um técnico para cada 100 famílias, sob a organização dos assentados;
3- Implantar um programa de agroindústria cooperativada em assentamentos da reforma agrária - vide proposta anexo;
4- Estimular a implantação de um novo modelo tecnológico, baseado na agricultura orgânica, na multiplicação das sementes pelos agricultores e produção de seus insumos;
5- Garantir condições para a implantação de infra-estrutura básica em todos os assentamentos, como: estradas, energia elétrica, habitação, saneamento básico, atendimento à saúde, cultura e lazer.
2- Desenvolver um programa de assistência técnica com equipes multidisciplinares e que tenha como referência um técnico para cada 100 famílias, sob a organização dos assentados;
3- Implantar um programa de agroindústria cooperativada em assentamentos da reforma agrária - vide proposta anexo;
4- Estimular a implantação de um novo modelo tecnológico, baseado na agricultura orgânica, na multiplicação das sementes pelos agricultores e produção de seus insumos;
5- Garantir condições para a implantação de infra-estrutura básica em todos os assentamentos, como: estradas, energia elétrica, habitação, saneamento básico, atendimento à saúde, cultura e lazer.
III – EDUCAÇÃO:
1- Associar a reforma agrária a um programa massivo de educação no campo;
2- Intensificar a campanha pela erradicação do analfabetismo nas áreas de assentamentos, sendo necessário alocar mais recursos financeiros no MEC para essa finalidade;
3- Promover um programa de capacitação profissional envolvendo 20 mil jovens e adultos das áreas de assentamentos e acampamentos;
4- Fortalecer o Programa Nacional de Educação nas Áreas de Reforma Agrária (PRONERA) e destinar ainda em 2003 R$ 30 milhões para essa finalidade.
2- Intensificar a campanha pela erradicação do analfabetismo nas áreas de assentamentos, sendo necessário alocar mais recursos financeiros no MEC para essa finalidade;
3- Promover um programa de capacitação profissional envolvendo 20 mil jovens e adultos das áreas de assentamentos e acampamentos;
4- Fortalecer o Programa Nacional de Educação nas Áreas de Reforma Agrária (PRONERA) e destinar ainda em 2003 R$ 30 milhões para essa finalidade.
IV – DIREITOS HUMANOS E COMBATE À IMPUNIDADE:
1- Aprovar Projeto de Emenda Constitucional que transfere para a esfera Federal a competência para investigar e processar os crimes contra os direitos humanos;
2- Determinar a abertura de inquérito pela Polícia Federal contra os fazendeiros que utilizam milícias armadas, incitam a violência e o crime, e mantêm vinculação com o narcotráfico e contrabando de armas.
1- Aprovar Projeto de Emenda Constitucional que transfere para a esfera Federal a competência para investigar e processar os crimes contra os direitos humanos;
2- Determinar a abertura de inquérito pela Polícia Federal contra os fazendeiros que utilizam milícias armadas, incitam a violência e o crime, e mantêm vinculação com o narcotráfico e contrabando de armas.
V – PREOCUPAÇÕES GERAIS:
1- Manifestamos nossa posição contrária à liberação do plantio e comercialização dos produtos transgênicos;
2- Manifestamos nossa posição contrária à implementação da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) e defendemos a integração soberana entre todos os países Latino-americanos e Caribenhos;
3- Defendemos um novo modelo agrícola voltado para a geração de emprego, produção de alimentos para o mercado interno, soberania alimentar, e a valorização da vida no campo;
2- Manifestamos nossa posição contrária à implementação da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) e defendemos a integração soberana entre todos os países Latino-americanos e Caribenhos;
3- Defendemos um novo modelo agrícola voltado para a geração de emprego, produção de alimentos para o mercado interno, soberania alimentar, e a valorização da vida no campo;
Brasília, 02 de julho de 2003
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