Festejado por grande parte dos nadadores baianos, ávidos por um espaço para competir, o projeto apresentado ontem para a construção da nova piscina olímpica em Salvador vai levar o estado de volta ao final da década de 90. Além do atraso e do não cumprimento da promessa de não deixar a natação baiana na mão, o modelo não apresenta a piscina de 25 metros, o que exclui de vez a Bahia das grandes competições nacionais. A construção da nova piscina, prometida para o segundo semestre de 2011, seguirá os padrões internacionais da Federação Internacional de Natação (FINA) e da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). No entanto, não atende os requisitos para recolocar a Bahia, como participante, no cenário nacional do esporte. A luta para construir a piscina semi-olímpica para completar o Parque Aquático da Fonte Nova foi literalmente em vão. A estrutura foi completamente soterrada em maio deste ano, quando se começou o fechamento da área do Estádio Octávio Mangabeira Fonte Nova para o início da demolição e posterior implosão, realizada no final de agosto. Sem uma pressão maior da Federação Baiana de Desportos Aquáticos (FBDA), a piscina que será construída nas dependências da Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac), em Matatu de Brotas, pela Superintendência de Construções Administrativas (Sucab), servirá apenas para minimizar os danos causados ao esporte. Com investimento de R$ 4,5 milhões, a piscina terá dimensões oficiais de 50mx25m, arquibancadas com 40 metros de extensão e cinco degraus para abrigar 500 pessoas. Revestida em cerâmica e com 10 raias de cores diferentes para sinalizar os atletas nas competições, a piscina olímpica terá profundidade de 1.80m na lâmina d'água, enquanto que na borda de saída haverá mais 30cm de altura, totalizando 2.10m. Neste local, serão instalados os placares eletrônicos. No projeto técnico está prevista ainda uma piscina de aquecimento, estacionamentos e vestiários.
A área total reservada para a construção é de aproximadamente 5.900 m². “Esta não é ainda a piscina olímpica definitiva. Mas não ficará a dever a que o Governo do Estado deverá construir no Parque de Pituaçu, onde estamos desenvolvendo estudos de impactos ambientas para as intervenções a serem realizadas no local”, adiantou o secretário Nilton Vasconcelos, que reconhece ser o novo equipamento uma alternativa para a prática do esporte dos moradores do centro da cidade e os atletas da natação que ficaram sem uma piscina olímpica em Salvador para disputar as competições nacionais.
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