Ser Jovem e não ser revolucionário e uma contradição genética.

"Ernesto Che Guevara"

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Marina diz que sentiu nas ruas o embalo



onda verde não estourou no segundo turno, mas levou Marina Silva (PV) a superar as expectativas mais otimistas dos verdes e mudar os rumos de uma eleição que parecia definida com mais de um mês de antecipação. Após ultrapassar os 19 milhões de votos, com quase 20% dos válidos, ela sai fortalecida como alternativa à polarização entre PT e PSDB e já começa a pensar numa nova candidatura com mais chances para 2014.
Até as 21h30, Marina ainda não havia aparecido publicamente para comentar o resultado e anunciar sua posição no segundo turno. A expectativa era de que ela confirmasse a opção pela neutralidade, sem declarar apoio a Dilma Rousseff (PT) ou José Serra (PSDB). Os verdes festejavam o resultado no início da noite, falando abertamente numa nova candidatura daqui a quatro anos. “Ela sai vitoriosa e terá um papel relevante no jogo político nacional. Os 19 milhões de votos são uma demonstração clara de que nosso projeto está no rumo certo”, disse o ex-deputado Luciano Zica, da coordenação nacional da campanha.
Marina demonstrou muito entusiasmo durante a apuração dos votos. Ela acompanhou a divulgação do resultado ao lado da família e dos aliados mais próximos num apartamento do vice Guilherme Leal, nos Jardins. A todo tempo, a senadora festejava o fato de ter superado a previsão das pesquisas. “Eu falei para vocês! Eu sabia, eu via isso nas ruas!”, repetia ela. Segundo presentes, Marina andava de um lado para o outro e quase não descansou durante a apuração. Ela recebeu ligações de petistas interessados em seu apoio no segundo turno, mas sinalizou aos aliados que manteria a opção pela neutralidade.

A candidata deu sinais de que optaria pela neutralidade nas últimas semanas, quando mudou o tom do discurso. Enquanto aliados se aproximavam dos tucanos, ela aumentou as críticas a Serra. A guinada atingiu o ápice na madrugada de sexta-feira, após o debate da TV Globo, quando ela disse que Serra desconstruiu a própria imagem na campanha, apelou ao “vale-tudo” eleitoral e ia “perder perdendo”. Marina se sentiu desrespeitada pelo rival quando ele respondeu de forma ríspida a uma pergunta dela, e a acusou de ter se calado diante do mensalão, quando ainda era filiada ao PT.
Na campanha verde, um entendimento da presidenciável com Dilma era considerado inviável desde o início da campanha por causa da relação tumultuada que elas mantiveram como ministras do governo Lula. Além disso, Marina não aceitaria um novo convite para o Ministério do Meio Ambiente numa gestão de Dilma, por considerar que ela não dá importância à questão ambiental.

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