No segundo dia do 12º festival de Lençóis, cujo tema é “Chapada sem fogo”, um incêndio de grandes proporções começou a destruir, por volta de 13h deste sábado, parte das áreas de proteção ambiental (APAs) Marimbus e Iraquara, no entorno do Parque Nacional da Chapada Diamantina. Os focos começaram próximo ao povoado de Barro Branco e já chegavam na nascente do Rio Lençóis no final do dia.
As primeiras chamas foram contidas pela Brigada de Resgate Ambiental de Lençóis (Bral) e pela Brigada Voluntária de Lençóis (BVL), mas diante da proporção do incêndio, foi destinada uma equipe da Operação Chapada sem Fogo, comandada pelo Coronel Miguel, do 1º Grupamento de Bombeiros Militares de Lençóis. Segundo ele, uma área considerada “razoável” foi destruída, mas não é possível identificar as causas.
Já o presidente da Bral, Jânio Rocha, acredita que o incêndio foi criminoso e provocado por um indivíduo que tentou atear fogo na base dos brigadistas, localizada nas matas da região, próximo ao povoado Barro Branco. A fumaça e as chamas do incêndio puderam ser vistas na cidade de Lençóis, neste sábado.
Pela tarde, deram apoio um helicóptero e duas aeronaves, que armazenam até três mil litros de água, pertencentes ao Instituto Chico Mendes (ICMBio), administrador do parque. À noite, os voos foram suspensos.
Por meio da assessoria de comunicação, o Instituto de Meio Ambiente (IMA) informou que técnicos estiveram no local e analisam a gravidade da situação, mas não seria possível, a olho nu, ter a dimensão da área destruída. Já o presidente da Bral, Jânio Souza Rocha, calcula uma área de 1,5 mil hectares, o equivalente a 30 campos de futebol, segundo ele.
Segundo o IMA, combustões espontâneas pordem ser causadas pelo calor, somado à prática de queimadas para pastos, garimpo ou limpeza de terrenos.
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