Arruda: O torto fala do aleijado

Pouco menos de um ano após estourar o escândalo político do mensalão do DEM no Distrito Federal, o ex-governador José Roberto Arruda, que ficou preso por dois meses e teve o mandato cassado pela Justiça Eleitoral, decidiu bancar o moralista. Em entrevista ao Correio Braziliense, o ex-democrata argumenta ter saído da “reclusão” porque não poderia se omitir diante do cenário eleitoral do DF. Lá, o Ficha Suja Joaquim Roriz (PSC), que caiu nas pesquisas devido à possibilidade de ter o registro de candidatura cassado, decidiu lançar sua mulher Weslian Roriz (PSC) para a disputa. “Ou eu falo agora ou mais tarde poderei ser acusado do pior dos atos, que é a omissão”, afirmou. "A eleição da mulher dele é a eleição do Durval, do Sombra, é a vitória do coronelismo, das piores práticas políticas. A vitória do clã Roriz significa dizer: o crime compensa". Para o ex-governador, a eleição de Weslian Roriz (PSC) nada mais seria do que uma manobra para a volta de seu marido, Joaquim Roriz, ao poder. “Meu voto é contra o Roriz e tudo o que ele representa. Contra essa tentativa desesperada de indicar alguém da família para continuar no poder, contra esse nepotismo atrasado que tenta dissimular uma ambição sem limites”, afirmou